terça-feira, 24 de dezembro de 2013

DOR...

DOR... (DENIS MENDONÇA)

I

Ahh! Essa dor;
Essa dor de amor;
Que sinto;
Quando minto;
Que por você não sinto;
Não mais aquele amor...
Faminto.

Ahh! Essa dor;
Que não vai embora;
Não foi antes, nem vai agora;
Dor de amor;
Que não me deixa
Nem na hora do sol se pôr.

Ahh! Essa dor;
Dor da perda;
Não física, mas abstrata;
Ingrata;
Essa dor que me mata.

Às vezes a dor vai embora;
Mas quando retorna...
Se torna...
Insuportável...intragável;
Irremediável.

Que dor! Meu Deus!
Quando o amor...
Se torna dor;
É como um aborto;
Que te deixa Amorto.


II

Talvez eu esteja errado...
Talvez meu amor...
Eu a tenha maltratado;
Ou até mesmo assassinado;
É por isso que essa dor;
À cada dia com o amor;
Tem me matado;
Talvez se eu tivesse chorado...
Meu amor teria encontrado.

Sei que fico aqui chorando;
Quando poderia estar amando;
Mas tenho medo de em círculos...
Ficar andando.
E meu amor acabar...
Não encontrando.

Meu amor acabar...
Num bar...
Num copo... num mar...
Num mar de copos e garrafas...
Girando pelo ar...
E eu correndo o risco de me afogar...
Em seu líquido; traiçoeiro como o mar...
Como amar;
Traidor...
Como a dor...
Ahh! Essa dor;
Quando vai acabar;
Talvez se eu me matar...

Não!, não vou me acovardar...
Vou acordar...
Vou sonhar... imaginar...
Vou voar...
Com as nuvens brincar...
E a lua beijar.

Pelos mares vou navegar;
Com tempestades brigar;
E com certeza; sem bar...
Ou me matar... Vou me encontrar....
E novamente vou amar.
S. Paulo,13/11/2.000






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