DOR...
(DENIS MENDONÇA)
I
Ahh!
Essa dor;
Essa
dor de amor;
Que
sinto;
Quando
minto;
Que
por você não sinto;
Não
mais aquele amor...
Faminto.
Ahh!
Essa dor;
Que
não vai embora;
Não
foi antes, nem vai agora;
Dor
de amor;
Que
não me deixa
Nem
na hora do sol se pôr.
Ahh!
Essa dor;
Dor
da perda;
Não
física, mas abstrata;
Ingrata;
Essa
dor que me mata.
Às
vezes a dor vai embora;
Mas
quando retorna...
Se
torna...
Insuportável...intragável;
Irremediável.
Que
dor! Meu Deus!
Quando
o amor...
Se
torna dor;
É
como um aborto;
Que
te deixa Amorto.
II
Talvez
eu esteja errado...
Talvez
meu amor...
Eu
a tenha maltratado;
Ou
até mesmo assassinado;
É
por isso que essa dor;
À
cada dia com o amor;
Tem
me matado;
Talvez
se eu tivesse chorado...
Meu
amor teria encontrado.
Sei
que fico aqui chorando;
Quando
poderia estar amando;
Mas
tenho medo de em círculos...
Ficar
andando.
E
meu amor acabar...
Não
encontrando.
Meu
amor acabar...
Num
bar...
Num
copo... num mar...
Num
mar de copos e garrafas...
Girando
pelo ar...
E
eu correndo o risco de me afogar...
Em
seu líquido; traiçoeiro como o mar...
Como
amar;
Traidor...
Como
a dor...
Ahh!
Essa dor;
Quando
vai acabar;
Talvez
se eu me matar...
Não!,
não vou me acovardar...
Vou
acordar...
Vou
sonhar... imaginar...
Vou
voar...
Com
as nuvens brincar...
E
a lua beijar.
Pelos
mares vou navegar;
Com
tempestades brigar;
E
com certeza; sem bar...
Ou
me matar... Vou me encontrar....
E
novamente vou amar.
S. Paulo,13/11/2.000
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