AMOR
E ÓDIO (DENIS MENDONÇA)
Eu
vivo andando;
Sonhando;
Que
estou amando;
Será
que estou me enganando?
Talvez
esteja me odiando!
Meu
mundo, não encontrando;
Minha
alma abandonando;
Matando...
Meus
pulsos, cortando;
Meu
sangue, escoando;
Como
um rio que vai passando;
Vivo
pensando;
Muitas
vezes especulando;
Argumentando...
Porque
no mundo existem mais pessoas...
Se
odiando!
Em
vez de estarem se amando?
O
Amor é tão brando;
Que
mesmo à todo vapor;
Queimando;
Acaba
esfriando;
Depois
congelando;
Rachando;
Por
fim quebrando...
Como
um copo que cai no chão...
Se
espatifando.
O
ser humano;
Quando
muitas vezes, está acertando;
Acaba
relaxando;
Se
entediando;
Prefere
ficar errando;
Seus
pulsos cortando;
E
do Amor se afastando;
Pela
Morte, vai se apaixonando;
Que
com rapidez, vem se aproximando;
Para
sua alma, acabar levando;
Para
no inferno; ficar queimando.
Ah!
Quem me dera!
Ficar
sonhando;
Mas
em pesadelos;
Acabo
desabando;
À
mim, estou crucificando;
Pois,
em ovos, estou pisando;
Um
dia, em alguma pedra;
Acabarei
tropeçando;
E
o toque frio da Morte;
Na
armadilha de meus devaneios, estúpidos;
Acabarei
encontrando...
E
flagelado, imóvel;
Ficarei
escutando;
Aos
poucos, meu coração parando;
Meu
corpo, suando...
Meus
olhos, “verei” fechando;
Uma
pergunta, ao fundo ecoando;
Por
que, minha vida, não continuei amando?
S. Paulo,
06/12/2000.
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